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OBESIDADE ASSOCIADA A ASMA

Orientadora: Letícia Aparecida Barufi Fernandes

     A asma é uma doença que causa hiperresponsividade brônquica e inflamação das vias respiratórias. A síndrome parece resultar de interações complexas entre fatores genéticos, imunológicos e ambientais. Caracterizada por aumento da secreção mucosa, que pode obstruir as vias respiratórias, inflamação e edema, e contração muscular suave que resulta em vias respiratórias mais estreitas.

     Os portadores da asma, possuem a tendência de diminuir a quantidade de atividade física praticada, realizando atividades leves e consumindo mais produtos industrializados, causas que, juntas, podem levar a um aumento de peso.

      A asma e a obesidade são doenças muito prevalentes e consideradas problemas de saúde pública. Evidências de estudos transversais sugerem que indivíduos obesos têm um maior risco de asma e que os asmáticos obesos apresentam sintomas mais graves, maior número de hospitalizações e maior número de visitas a serviços de emergência.

     Em relação ao estado nutricional do indivíduo, alimentos e nutrientes individuais possivelmente desempenham um papel no tratamento da asma. A terapia nutricional deve incluir a avaliação individual dos desencadeadores ambientais e nutricionais, e, se necessário, as estratégias para evitá-los.

     O estudo visa identificar, na literatura nacional e internacional, a correlação entre a obesidade e a asma, utilizando dados embasados no livro de referência internacional na área nutricional: Krause – Alimentos, Nutrição e Dietoterapia, e artigos relacionados especificamente ao tema proposto neste trabalho, obtidos no Jornal Brasileiro de Pneumologia, que destina-se a publicar artigos científicos que contribuam para o crescimento no campo das doenças pulmonares e áreas relacionadas.

     Acredita-se que a desregulação hormonal do tecido adiposo leva ao estado inflamatório sistêmico, alcançando as vias aéreas; existe uma associação entre o baixo nível de leptina como um fator protetor para o desenvolvimento da asma. O aumento da quantidade dessa proteína ocasionaria proliferação de linfócitos T/ Th1 e a produção de citocinas, agravando o processo inflamatório, e a redução das defesas antioxidantes poderia iniciar ou exacerbar o quadro de asma. Sabe-se também, que a obesidade altera o volume pulmonar, a capacidade e o diâmetro periférico respiratório, alterando o volume sanguíneo circulante e a perfusão de ventilação pulmonar, isso causaria diminuição da musculatura lisa, hiperreatividade e obstrução das vias aéreas, o que levaria a uma piora no quadro da asma.

     Na terapia nutricional, há alguns alimentos – como as nozes e peixes – e nutrientes individuais que possivelmente desempenham um papel no tratamento da doença.

     Conclui-se que pacientes asmáticos com obesidade têm pior controle da asma e pior qualidade de vida; precisam de doses mais altas de corticosteroide inalatórios; e apresentam redução de alguns parâmetros de função pulmonar, como a Capacidade Vital Forçada (CVF). Além disso, encontra-se proporção menor de pacientes eosinofílicos e menor frequência de atopia entre asmáticos obesos. Portanto, se faz necessária uma dieta com alimentos saudáveis que forneçam uma quantidade ideal de energia e nutrientes; equilibrados; correção do déficit ou excesso de energia e nutrientes diagnosticados; acompanhamento frequente para manter um estado pulmonar saudável; e educação do paciente, da família e da comunidade.

PALAVRAS CHAVE
NUTRIÇÃO. ASMA. OBESIDADE.

REFERÊNCIAS
JBP. XI Congresso Brasileiro de Asma VII Congressos Brasileiros de DPOC e Tabagismo Pneumoceará 2017. J Bras Pneumol. V.43. Suplemento.1R. R7-R114, 2017.

KATHLEEN MAHAN. L. Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 13ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

PELEGRINO N.R. et al. Relação entre o índice de massa corporal e a gravidade da asma em adultos. J Bras Pneumol. Botucatu, v.33. n. p641-646, 2007.

VIANA DE JESUS, J.P. et al. Obesidade e asma: caracterização clínica e laboratorial de uma associação frequente. J Bras Pneumol. Salvador, v.44, n.3, p207-212, 2018.  

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